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Moçambique/Sociedade: Moçambique Regista Crescente Alerta Rodoviário com Aumento de Mortes nas Estradas

Entre Janeiro e Setembro de 2025, o país contabilizou 662 mortos em acidentes de viação, um aumento significativo face ao mesmo período do ano anterior.

Os acidentes de viação ocorridos em Moçambique, no período compreendido entre Janeiro e Setembro do presente ano, provocaram pelo menos 662 mortes. Os dados resultam de 488 casos de sinistralidade rodoviária, número que ultrapassa os 459 acidentes registados em igual período de 2024, que haviam causado 555 óbitos, traduzindo-se num aumento de 19,3 por cento.

No mesmo intervalo, os acidentes deste ano deixaram 466 feridos graves, contra 413 registados em 2024. Quanto aos feridos ligeiros, contabilizaram-se 752 casos, ligeiramente abaixo dos 761 registados nos primeiros nove meses do ano passado.

“A cada dia que passa, as nossas estradas estão a transformar-se em autênticos corredores de mortes”, afirmou o Presidente da República, Daniel Chapo, durante a abertura do 35.º Conselho Coordenador do Ministério do Interior.

O Chefe do Estado sublinhou que as estatísticas revelam que os acidentes de viação são mais mortíferos do que algumas doenças endémicas. “Só para terem noção, no ano de 2024 houve 358 mortes hospitalares causadas pela malária. Este ano, como já referimos, os acidentes de viação já provocaram 662 mortes”, destacou.

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Segundo o Presidente, o factor humano continua a ser “a causa principal desta elevada incidência de acidentes”, apontando comportamentos negligentes, irresponsáveis e, por vezes, criminosos, que interrompem vidas e destroem projectos familiares. “O mais preocupante é que todos nesta sala sabem disso, mas ninguém toma medidas para estancar esta situação”, acrescentou.

Daniel Chapo questionou ainda a actuação das autoridades responsáveis pelo controlo rodoviário. “Não faz sentido que consigam dormir, enquanto vidas inocentes se perdem na via pública, por apadrinhamento criminoso e cúmplice daqueles que deviam evitar estes acidentes”, criticou.

O Presidente defendeu uma actuação mais firme do Ministério do Interior, em coordenação com sectores como o Ministério dos Transportes e Logística, para desencorajar práticas nocivas. Entre elas, destacou o chamado xitique de cinco mil meticais, um esquema de corrupção recorrente no seio da polícia de trânsito. “É crime, meus senhores. Tem de acabar”, advertiu.

Chapo chamou igualmente atenção para a superlotação dos transportes públicos, desafiando o Ministério do Interior a investir na modernização tecnológica. Entre as medidas recomendadas, apontou o reforço da vídeo-vigilância urbana, a interoperabilidade das bases de dados, a identidade digital e a melhoria dos sistemas electrónicos de gestão de fronteiras.

O Chefe do Estado defendeu, além disso, a necessidade de formação contínua, promoções baseadas em meritocracia e valorização dos quadros. “A corrupção deve ser combatida sem contemplações, a indisciplina punida no seio da corporação, e a ética deve ser a alma da instituição”, concluiu.

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