O Chefe Executivo de Hong Kong, John Lee, comprometeu-se a formar uma comissão independente para investigar o incêndio mais mortal da cidade em quase oito décadas, atendendo a pedidos públicos por um processo transparente.

“Precisamos expor a verdade, fazer justiça a todos e garantir que os falecidos possam descansar em paz”, disse Lee durante a sua coletiva de imprensa habitual na terça-feira, em frente a um fundo negro e usando gravata escura.
“Devemos transformar nossa raiva e tristeza em poder de reforma”, acrescentou.

Lee enfatizou repetidamente que mudanças são necessárias após o incêndio que matou 151 pessoas, com cerca de 30 ainda desaparecidas. Um juiz liderará a comissão encarregada de investigar a rápida propagação do fogo, segundo o chefe executivo, sem revelar o nome do magistrado.

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O incêndio no complexo Wang Fuk Court gerou uma onda de indignação pública comparável aos grandes protestos de seis anos atrás, com petições online reunindo milhares de assinaturas exigindo investigação independente. Três pessoas foram presas por acusação de segurança nacional, conforme reportado pela mídia local.

Além disso, a polícia e a agência anticorrupção prenderam várias pessoas em conexão com o incêndio que destruiu um conjunto residencial de oito torres nos arredores norte da cidade, que abrigava cerca de 4.600 pessoas. Entre as acusações estão homicídio culposo e corrupção.

Lee confirmou ainda que as eleições legislativas previstas para 7 de dezembro continuarão conforme programado.

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O governo enfrenta as consequências do incêndio mais mortal desde o desastre em um armazém em 1948, que matou 176 pessoas. Reguladores emitiram repetidos avisos escritos ao empreiteiro para implementar medidas de prevenção de incêndio no complexo de oito torres, incluindo um aviso uma semana antes do incidente, segundo o Departamento do Trabalho.

Investigações indicam que o incêndio se espalhou rapidamente devido ao uso de materiais mais baratos e de qualidade inferior pelos trabalhadores, que também evitaram testes obrigatórios do governo.