O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, reuniu-se esta segunda-feira, em Paris, com o Presidente francês Emmanuel Macron, numa fase em que as iniciativas diplomáticas ligadas ao plano de paz impulsionado pelos Estados Unidos ganham ritmo.
Nos Estados Unidos, o secretário de Estado Marco Rubio descreveu como “produtivas” as conversações realizadas no domingo, na Florida, com uma delegação ucraniana, embora tenha reconhecido que “ainda há trabalho por fazer”.
Entretanto, o enviado especial do Presidente norte-americano Donald Trump, Steve Witkoff, deverá deslocar-se esta terça-feira a Moscovo para um encontro com o Presidente russo Vladimir Putin.
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Anuncie aqui: clique já!As negociações surgem num momento particularmente delicado para Kyiv. As forças russas continuam a conquistar território no leste da Ucrânia e Zelenskyy enfrenta crescente pressão interna após uma ampla investigação de corrupção que levou à demissão do seu chefe de gabinete, Andriy Yermak, que desempenhava também o papel de principal negociador com os Estados Unidos.
Zelenskyy admitiu que a dimensão territorial do plano de paz apoiado por Washington continua a ser “a questão mais difícil”.
Macron insistiu que nenhum acordo avançará sem o envolvimento europeu, sublinhando que o processo só pode prosseguir com os europeus “sentados à mesa”.
O chefe de Estado francês acrescentou que ainda não existe qualquer decisão final. Contudo, vários líderes europeus desenvolveram uma primeira abordagem sobre garantias de segurança, que continuará a ser trabalhada nos próximos dias em coordenação com os parceiros da “Coalition of the Willing”.
Durante a conferência de imprensa, jornalistas questionaram ambos os líderes sobre a investigação de corrupção que envolve membros próximos de Zelenskyy.
Macron afastou qualquer tom crítico, frisando: “O nosso papel não é dar lições à Ucrânia”. Para o Presidente francês, o facto de o processo estar a avançar demonstra que “a luta contra a corrupção está a funcionar”, contrastando com a ausência de responsabilização na Rússia.
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Comprar um espaço para minha empresa.O Presidente francês destacou ainda que a pressão sobre Moscovo está a aumentar. A União Europeia já adotou o 19.º pacote de sanções e prepara agora o 20.º, apoiado pelos Estados Unidos, que pretende atingir diretamente as empresas petrolíferas russas.
Macron classificou estas medidas como “sem precedentes” e alertou que a pressão continuará a intensificar-se nas próximas semanas.
Para além de Paris, Macron e Zelenskyy mantiveram contactos “sucessivos” com o Primeiro-Ministro britânico Keir Starmer e com os líderes da Alemanha, Polónia, Itália, Noruega, Finlândia, Dinamarca e Países Baixos, bem como com o Presidente do Conselho Europeu António Costa, a Presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen e o Secretário-Geral da NATO Mark Rutte.





