O HIV/SIDA mantém-se entre os maiores desafios de saúde pública em Moçambique, continuando a ser uma das principais causas de morte no país. A conclusão é do Conselho Nacional de Combate ao Sida (CNCS), que apesar do cenário preocupante destaca avanços significativos no acesso aos medicamentos antirretrovirais.
O país conta actualmente com mais de 2,6 milhões de pessoas seropositivas, um número que reflecte a dimensão da epidemia. Segundo o secretário-executivo do CNCS, Francisco Mbufana, o impacto continua profundo e persistente:
“A situação do HIV ainda é uma preocupação, a principal causa de morte no nosso país.”
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Anuncie aqui: clique já!Apesar disso, as autoridades reforçam que o acesso aos cuidados de saúde tem melhorado de forma consistente.
“Hoje em dia, as pessoas recebem medicamento para três meses, para seis meses, e já se discute a possibilidade de disponibilizar tratamento para 12 meses. Temos vindo a melhorar cada ano os cuidados e o tratamento, e isso tem contribuído para reduzir o número de mortes associadas ao HIV ao longo do tempo”, sublinhou Mbufana.
Esta segunda-feira, 1 de Dezembro, o mundo assinala o Dia Mundial de Luta contra o HIV/SIDA, e em Moçambique decorrem diversas actividades centradas na prevenção, no tratamento e na sensibilização das comunidades.
Aumento de novas infecções entre os jovens
Apesar dos progressos no tratamento, o país enfrenta uma tendência preocupante: o aumento das novas infecções entre adolescentes e jovens. Entre os principais factores apontados por organizações de saúde, constam:
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Início cada vez mais precoce da vida sexual, muitas vezes sem acesso à informação adequada.
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Baixa adesão ao uso de preservativo, associada a mitos, estigmas e pressões sociais.
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Falta de educação sexual nas escolas, impedindo que os jovens compreendam os riscos e os mecanismos de prevenção.
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Relações intergeracionais, nas quais raparigas jovens se relacionam com parceiros mais velhos, mais expostos ao vírus.
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Desinformação e estigma, que afastam muitos jovens dos serviços de testagem e aconselhamento.
Especialistas alertam que, sem um reforço das estratégias de prevenção dirigidas à juventude, o país poderá enfrentar um retrocesso nos avanços alcançados ao longo da última década.





